Lúpus - doenças autoimunes
O lúpus é uma doença autoimune inflamatória crônica que faz com que o sistema imunológico do paciente ataque e destrua tecidos saudáveis do organismo erroneamente. Há mais de 100 tipos de doenças autoimunes e o lúpus eritematoso sistêmico (LES) é um dos tipos mais comuns, podendo afetar o cérebro, as articulações, os rins e principalmente a pele.
É importante estar atento aos sintomas da doença, se tratada corretamente pode ser amenizada sem sequelas ou efeitos colaterais no paciente, continue lendo para compreender melhor.
TIPOS DE LÚPUS
Os dois tipos mais recorrentes do lúpus são o discoide também conhecido como cutâneo que faz com que o paciente desenvolva manchas vermelhas na pele, principalmente em áreas expostas ao sol como rosto, colo, braços, couro cabeludo, etc. E o lúpus sistêmico, em que outros órgãos são afetados pela inflamação.
SINTOMAS DO LÚPUS
O paciente com lúpus pode apresentar os sintomas de repente ou pode desenvolvê-los lentamente. Os sintomas variam de caso para caso, podendo ser leves, moderados ou graves e podendo ser passageiros ou permanentes. Na maioria dos casos, os sintomas do lúpus são moderados, piorando em eventuais crises, mas sendo controlados e desaparecendo depois de um tempo de tratamento.
Os sintomas também divergem dependendo da parte do organismo afetada pelo lúpus.
Os sintomas mais comuns são:
Dores nas articulações; Febre; Dificuldade para respirar; Dores no peito; Inchaço e rigidez na musculatura;Fadiga;Feridas na boca; Queda de cabelo; Ansiedade e mal-estar; Aparecimento de ínguas; Dores de cabeça; Perda de memória; Confusão mental; Sensibilidade à exposição ao sol; Coceira excessiva; Manchas vermelhas na pele que podem piorar com a exposição ao sol.
As manchas vermelhas no rosto podem adquirir uma forma de borboleta, acometendo parte da face e do nariz. Esse é um dos sintomas que afeta mais ou menos 50% das pessoas com lúpus.
Quando o lúpus afeta outras partes do corpo, pode haver outros sintomas:
Coração: arritmia, quando o ritmo do coração apresenta anormalidades;Aparelho digestivo: náusea, vômito e desconforto ou dor na região do abdômen;Pulmão: Dificuldade para respirar e tosse com resquícios de sangue;Sistema nervoso central e cérebro: alterações de comportamento, problemas na visão, dores de cabeça, sensação de formigamento e convulsões.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O diagnóstico do lúpus é um pouco difícil, pois não há um exame que detecte com 100% de certeza a doença. Ao relatar os sintomas apresentados ao médico, o paciente pode ser encaminhado a exames de urina, sangue e um exame denominado FAN (fator ou anticorpo antinuclear), a fim de procurar indícios da doença.
O tratamento para lúpus deve ser ministrado ao longo da vida do paciente, pois a doença não tem cura. O tratamento visa controlar os sintomas e proporcionar qualidade de vida aos pacientes. A doença em estágio leve pode ser tradada com anti-inflamatórios não esteroides para pleurisia e artrite, corticoides em pomada para as lesões na pele e protetor solar para prevenir que as lesões aumentem.
Já em casos mais graves, o médico especificará o tratamento de acordo com o estado do paciente. O médico poderá prescrever medicamentos que regulem o sistema imunológico e que controlem os outros sintomas dependendo do órgão afetado.
Em alguns casos o médico pode indicar a participação em grupos de apoio, uma vez que o lúpus pode afetar psicologicamente os pacientes que se sentem incapazes de realizar atividades simples. O repouso é recomendado na maioria dos casos, pois a fadiga é um sintoma comum que somente pode ser combatida se o paciente desacelerar seu ritmo.
CAUSAS
A ciência ainda não descobriu uma causa específica para o desenvolvimento do lúpus no organismo. Sendo uma doença autoimune na qual os próprios anticorpos responsáveis por proteger o organismo, acabam o atacando, ainda não se conhece a razão dessa anormalidade. Alguns estudos apontam que o lúpus possa ser multifatorial, resultado de propensão genética somada aos fatores externos como exposição ao sol e interações medicamentosas que possam desencadear a inflamação.
A PREVENÇÃO
Existem alguns hábitos diários podem ser adotados por quem possui Lúpus ou por pessoas que querem se prevenir da doença, que são:
Evitar a exposição ao sol sem proteção em horários inadequados é importante para controlar os sintomas da doença;É recomendado ter o exercício físico como hábito para manter o corpo e a mente saudáveis; O tabagismo deve ser evitado por pacientes com lúpus, pois afeta o sistema respiratório, cardíaco, podendo piorar a sensação de mal-estar; Ter uma alimentação rica em frutas, vegetais e grãos e seguir as instruções do médico em termos de dieta ajuda controlar os sintomas da doença.
Como o lúpus não tem cura, o paciente convive com fases de remissão e fases ativas da doença, os cuidados especiais com a saúde devem ser permanentes. Após realizar o tratamento na fase crítica, o paciente deve seguir a risca as recomendações médicas e realizar exames periodicamente.
Há diversas iniciativas para esclarecer as dúvidas da população sobre o lúpus, inclusive campanhas no dia mundial de conscientização sobre o lúpus que acontece em 10 de maio. Nesse dia, indivíduos que têm a doença explicam como chegaram ao diagnóstico, muitas vezes difícil, e como convivem com o lúpus após estabilização do quadro.
Desde 2012, alguns artistas nacionais como Astrid Fontenelle e a estrela pop internacional Lady Gaga vieram a público falar sobre o lúpus e explicar sobre cuidados que a doença demanda no dia a dia. Isso fez com que mais informações sobre o lúpus fossem divulgadas e que mais indivíduos que sofriam com o mal-estar causado pelo lúpus pudessem ter o diagnóstico facilitado.
A qualquer sinal de lúpus, principalmente manchas vermelhas e coceiras ao se expor ao sol procure auxílio médico.
FATORES DE RISCO
Alguns indivíduos com determinadas características estão mais propícios a desenvolver o lúpus. A ocorrência da doença é mais comum em mulheres e a maioria dos diagnósticos é feito entre 15 e 40 anos.
No entanto, a doença pode se manifestar em qualquer idade. Indivíduos de origem asiática, hispânica e afrodescendentes também têm mais tendência a ter lúpus.
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