Sociologia

SOCIOLOGIA & Filosofia


Aula_Pensadores da Educação

Tão antigo quanto a Filosofia, o pensamento educacional se desdobra em várias correntes. Clique aqui para ver as imagens e para conhecer séculos de reflexões sobre o ofício de educar



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Atividade: Painel Sociológico 
Levantamento de Dados e informações sobre a história econômica e social do Brasil e do mundo desde 1950 - com ênfase nas mudanças provocadas na sociedade brasileira e mundial.

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Escritores da Liberdade

vide aula - 

Por Roberta Laisa Dantas de Sousa
O roteiro do filme Escritores da Liberdade  expõe de forma alarmante temas dentro da estrutura educacional e social, em que as “políticas” de democratização ao acesso a educação ocorre de maneira a suscitar desigualdades e injustiças. A situação fica clara quando o sistema separa os discentes inteligentes dos considerados como problemáticos, sem analisar o verdadeiro potencial do aluno. Por trás de toda esta problemática observam-se pontos culminantes como:
* Desigualdades nas classes sociais;
* Racismo;
* Desemprego;
* Desestrutura familiar;
* Intolerância ao que é diferente;
* Políticas públicas sem uma função de fato;
* Exclusão social;
* Políticas geradoras de sujeitos apenas com capacidade funcional.
“A solução” para os problemas em questão é uma professora novata, a mesma tem papel claro e conciso em relação à aprendizagem. Em sua visão o ensino-aprendizagem propõe mostrar que a realidade do aluno, as suas experiências familiares e sociais são levadas em consideração no processo de ensino-aprendizagem, o seu potencial de alguma forma tem valor, a sua capacidade de criação é imprescindível para sua transformação. Fica claro o papel do professor como mediador do saber e do conhecimento; Como o ato de ensinar sendo uma aventura criadora, onde cada aluno vai descobrir o seu ato de criação.O ato de criação deverá ter um espaço privilegiado em sala de aula, já que fomenta a participação e conseqüentemente a exploração da criticidade, tudo isto precisa passar pela vontade do professor em permitir a construção de um espaço democrático.
Dentro da nossa realidade brasileira temos um grande potencial e principalmente um defensor da política de democratização do ensino de fato, Paulo Freire, que é defensor de um ensino-aprendizagem libertador, uma aprendizagem em que o discente poderá falar, mostrar suas opiniões e ser ouvido, ao final ser capaz de mudar sua realidade. O conhecimento não é algo intrínseco só do professor, com certeza advêm também do aluno, pode até não ser um conhecimento tão lapidado, porém de grande valia. O processo de ensino-aprendizagem é uma via de mão dupla, tanto para o professor como para o aluno, pois ora o professor ensina e ora ele passa a ser aprendiz. É ingênuo acreditar que o aluno é uma “tábua rasa”.
Em relação ao tema do filme me fez lembrar outros títulos também dentro desta linha de raciocínio como: O substituto, Ao mestre com carinho, Meu mestre minha vida, Mentes perigosas, Um novo homem e Sociedade dos poetas mortos.
Roberta Laisa Dantas de Sousa
in: 





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Contribuições de Émile Durkheim

O pensamento de Durkheim marcou decisivamente a Sociologia contemporânea. Em 1893 ele publicou sua tese de doutoramento, intitulada De la Division du Travail Social, estudo em que aborda a interação social entre os indivíduos que integram uma coletividade maior: a sociedade.

Destacamos neste espaço algumas contribuições de Durkheim.


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Educação
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Fatos sociais
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Fatos sociais

O fato social, segundo Durkheim, consiste em maneiras de agir, de pensar e de sentir que exercem determinada força sobre os indivíduos, obrigando-os a adaptar-se às regras da sociedade onde vivem. No entanto, nem tudo o que uma pessoa faz pode ser considerado um fato social, pois, para ser identificado como tal, tem de atender a três características: generalidade, exterioridade e coercitividade.

Coercitividade – característica relacionada com o poder, ou a força, com a qual os padrões culturais de uma sociedade se impõem aos indivíduos que a integram, obrigando esses indivíduos a cumpri-los.
Exterioridade – quando o indivíduo nasce, a sociedade já esta organizada, com suas leis, seus padrões, seu sistema financeiro, etc, Cabe ao indivíduo aprender por intermédio da educação, por exemplo.
Generalidade – os fatos sociais são coletivos, ou seja, eles não existem para um único indivíduo, mas para todo um grupo, ou sociedade. 

O que é fato social?

O que as pessoas sentem, pensam ou fazem independente de suas vontades individuais, é um comportamento estabelecido pela sociedade. Não é algo que seja imposto especificamente a alguém, é algo que já estava lá antes e que continua depois e que não dá margem a escolhas.

Instituição social e Anomia

A instituição social é um mecanismo de organização da sociedade, é o conjunto de regras e procedimentos padronizados socialmente, reconhecidos, aceitos e sancionados pela sociedade, cuja importância estratégica é manter a organização do grupo e satisfazer as necessidades dos indivíduos que dele participam.

As instituições são, portanto, conservadoras por essência, quer seja família, escola, governo, religião, polícia ou qualquer outra, elas agem contra as mudanças, pela manutenção da ordem vigente. Durkheim registra, em sua obra, o quanto acredita que essas instituições são valorosas e parte em sua defesa, o que o deixou com uma certa reputação de conservador, que durante muitos anos causou antipatia a sua obra.

Mas Durkheim não pode ser meramente tachado de conservador, sua defesa das instituições se baseia num ponto fundamental, o ser humano necessita se sentir seguro, protegido e respaldado. Uma sociedade sem regras claras ("em estado de anomia"), sem valores, sem limites leva o ser humano ao desespero. Preocupado com esse desespero, Durkheim se dedicou ao estudo da criminalidade, do suicídio e da religião. 

Uma rápida observação do contexto histórico do século XIX, nos permite perceber que as instituições sociais se encontravam enfraquecidas, havia muito questionamento, valores tradicionais eram rompidos e novos surgiam, muita gente vivia em condições miseráveis, desempregados, doentes e marginalizados. 

Ora, numa sociedade integrada, essa gente não podia ser ignorada, de uma forma ou de outra, toda a sociedade estava ou iria sofrer as consequências. Aos problemas que ele observou, ele considerou como patologia social, e chamou aquela sociedade doente de "Anomana". A anomia era a grande inimiga da sociedade, algo que devia ser vencido, e a sociologia era o meio para isso. O papel do sociólogo seria, portanto, estudar, entender e ajudar a sociedade.

Em seus estudos Durkheim concluiu que os fatos sociais atingem toda a sociedade, o que só é possível se admitirmos que a sociedade é um todo integrado. Se tudo na sociedade está interligado, qualquer alteração afeta toda a sociedade, o que quer dizer que se algo não vai bem em algum setor da sociedade, toda ela sentirá o efeito. Partindo deste raciocínio ele desenvolve dois dos seus principais conceitos: Instituição social e Anomia.


Solidariedade Social

A solidariedade segundo Durkheim é oriunda de dois tipos de consiência: a consciência coletiva (ou comum) e consciência individual. Cada indivíduo possui uma consiencia individual que sofre influência da consciência coletiva, que nada mais é que a combinação das consciências individuais de todos os homens ao mesmo tempo. A consciência coletiva seria responsável pela formação de nossos valores morais, e exerce uma pressão externa aos indivíduos no momento de suas escolhas. A soma da consciência individual com a consciência coletiva forma o ser social.

Dentro da perspectiva sociológica durkheiminiana, a existência de uma sociedade só é possível a partir de um determinado grau de consenso entre seus membros constituintes: os indivíduos. Esse consenso se assenta, basicamente no processo de adequação da consciência individual à consciência coletiva. Dependendo do grau de consenso temos dois tipos de solidariedade.

Solidariedade mecânica

A sociedade em sua fase primitiva se organizava socialmente a partir das semelhanças psíquicas e sociais entre os membros individuais. Nessas sociedades, os indivíduos que a integravam compartilhavam dos mesmos valores sociais, tanto no que se refere às crenças religiosas como em relação aos interesses materiais necessários a subsistência do grupo, essa correspondência de valores é que assegurava a coesão social. 


Solidariedade orgânica


Já nas sociedades ditas "modernas" ou "complexas" do ponto de vista da maior diferenciação individual e social, existe a solidariedade orgânica.

Neste modelo, cada indivíduo tem uma função e depende dos outros para sobreviver, A Solidariedade Orgânica é fruto das diferenças sociais, já que são essas diferenças que unem os indivíduos pela necessidade de troca de serviços e pela sua interdependência. 

O indivíduo é socializado porque, embora tenha sua individualidade, depende dos demais e, por isso, se sente parte de um todo. Os membros da sociedade onde predomina a Solidariedade Orgânica estão unido pelo laço oriundo da divisão do trabalho social.

Solidariedade Social

A solidariedade segundo Durkheim é oriunda de dois tipos de consiência: a consciência coletiva (ou comum) e consciência individual. Cada indivíduo possui uma consiencia individual que sofre influência da consciência coletiva, que nada mais é que a combinação das consciências individuais de todos os homens ao mesmo tempo.

A consciência coletiva seria responsável pela formação de nossos valores morais, e exerce uma pressão externa aos indivíduos no momento de suas escolhas. A soma da consciência individual com a consciência coletiva forma o ser social.


Dentro da perspectiva sociológica durkheiminiana, a existência de uma sociedade só é possível a partir de um determinado grau de consenso entre seus membros constituintes: os indivíduos. Esse consenso se assenta, basicamente no processo de adequação da consciência individual à consciência coletiva.

Dessa forma, segundo Durkheim, poderíamos perceber dois tipos de solidariedade social, uma do tipo mecânica e outra orgânica.

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Karl Marx

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Sugestões
de Leitura
 
Numa de suas frases mais famosas, escrita em 1845, o pensador alemão Karl Marx (1818-1883) dizia que, até então, os filósofos haviam interpretado o mundo de várias maneiras. “Cabe agora transformá-lo”, concluía. Coerentemente com essa ideia, durante sua vida combinou o estudo das ciências humanas com a militância revolucionária, criando um dos sistemas de ideias mais influentes da história. Direta ou indiretamente, a obra do filósofo alemão originou várias vertentes comprometidas com a mudança da sociedade. 

A obra desse pensador reúne uma grande variedade de textos: reflexões curtas sobre questões políticas imediatas, estudos históricos, escritos militantes – como O Manifesto Comunista, parceria com Friedrich Engels – e trabalhos de grande fôlego, como sua obra-prima O Capital, que só teve o primeiro de quatro volumes lançado antes de sua morte. A complexidade da obra de Marx, com suas constantes autocríticas e correções de rota, é responsável, em parte, pela variedade de interpretações.

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Luta
de classes

Trabalho
e alienação 


Luta de classes

Na base do pensamento de Marx está a ideia de que tudo se encontra em constante processo de mudança. O motor da mudança são os conflitos resultantes das contradições de uma mesma realidade. Para Marx, o conflito que explica a história é a luta de classes. Segundo o pensador, as sociedades se estruturam de modo a promover os interesses da classe economicamente dominante. No capitalismo, a classe dominante é a burguesia; e aquela que vende sua força de trabalho é o proletariado.

O marxismo prevê que o proletariado se libertará das forças opressoras e, assim, dará origem a uma nova sociedade. Segundo Marx, o conflito de classes já havia sido responsável pelo surgimento do capitalismo, cujas raízes estariam nas contradições internas do feudalismo medieval. Em ambos os regimes (feudalismo e capitalismo), as forças econômicas tiveram papel central. “O moinho de vento nos dá uma sociedade com senhor feudal; o motor a vapor, uma sociedade com o capitalista industrial”, escreveu Marx.

Alienação e luta de classes

Trabalho e Alienação

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Alienação e trabalho



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Tripalium
Em O Capital, Marx realiza uma investigação profunda sobre o modo de produção capitalista e as condições de superá-lo, rumo a uma sociedade sem classes e na qual a propriedade privada seja extinta. Para Marx, as estruturas sociais e a própria organização do Estado estão diretamente ligadas ao funcionamento do capitalismo. Por isso, para o pensador, a ideia de revolução deve implicar mudanças radicais e globais, que rompam com todos os instrumentos de dominação da burguesia.

Marx abordou as relações capitalistas como fenômeno histórico, mutável e contraditório, trazendo em si impulsos de ruptura. Um desses impulsos resulta do processo de alienação a que o trabalhador é submetido, segundo o pensador. Por causa da divisão do trabalho – característica do industrialismo, em que cabe a cada um apenas uma pequena etapa da produção –, o empregado se aliena do processo total.

Além disso, o retorno da produção de cada homem é uma quantia de dinheiro, que, por sua vez, será trocada por produtos. O comércio seria uma engrenagem de trocas em que tudo – do trabalho ao dinheiro, das máquinas ao salário – tem valor de mercadoria, multiplicando o aspecto alienante.

Por outro lado, esse processo se dá à custa da concentração da propriedade por aqueles que empregam a mão de obra em troca de salário. As necessidades dos trabalhadores os levarão a buscar produtos fora de seu alcance. Isso os pressiona a querer romper com a própria alienação.

Um dos objetivos da revolução prevista por Marx é recuperar em todos os homens o pleno desenvolvimento intelectual, físico e técnico. É nesse sentido que a educação ganha ênfase no pensamento marxista. “A superação da alienação e da expropriação intelectual já está sendo feita, segundo Marx”, diz Leandro Konder. “O processo atual se aceleraria com a revolução proletária para alcançar, afinal, as metas maiores na sociedade comunista.”

AULA_5 Max Weber

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Textos


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Max Weber viveu no período em que as primeiras disputas sobre a metodologia das ciências sociais começavam a surgir na Europa, sobretudo em seu país, a Alemanha. Filho de uma família de classe média alta, com o pai advogado, Weber encontrou em sua casa uma atmosfera intelectualmente estimulante.

Em 1904 publicou ensaios sobre a objetividade nas ciências sociais e a primeira parte de A ética protestante e o espírito do capitalismo, que se tornaria sua obra mais conhecida e fundamental para a reflexão sociológica. Nesta obra, Weber expunha por que haviam surgido no âmbito ocidental, e, só aí, fenômenos culturais que iriam assumir um significado e uma validade universais. O protestantismo e, especialmente, o calvinismo haviam estabelecido as bases do sucesso econômico, da racionalização da sociedade ocidental e, por último, do desenvolvimento do capitalismo. Tudo isso a partir de conceitos como a ética da renúncia ao instinto e o desencanto ante o mundo. 

Em 1906 redigiu dois ensaios sobre a Rússia: "A situação da Democracia burguesa na Rússia" e "A transição da Rússia para o constitucionalismo de fachada". No início da Primeira Guerra Mundial, Weber, no posto de capitão, foi encarregado de administrar nove hospitais em Heidelberg. Quando a guerra terminou, mudou-se para Viena, onde deu o curso "Uma crítica positiva da concepção materialista da História". Em 1919 pronunciou conferências em Munique, publicadas sob o título de "História econômica geral". No ano seguinte, faleceu em consequência de uma pneumonia aguda.

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Ação Social

Max Weber e o significado de "burocracia"

Ação Social

A Ação Social é um conceito que Weber estabelece para as sociedades humanas e a ação socail só existe quando o indivíduo estabelece uma comunicação com os outros. Tomemos o ato de escrever como exemplo. Escrever uma carta certamente é uma ação social, pois ao fazê-lo o agente tem esperança que a carta vai ser lida por alguém. Sua ação só terá significado enquanto envolver outra pessoa. No entanto escrever uma poesia, na medida em que ela envolve apenas a satisfação ou a expressão das sensações do poeta, não é uma ação social.
Na visão de Weber, a função do sociólogo é compreender o sentido das ações sociais, e fazê-lo é encontrar os nexos causais que as determinam.  Assim o objeto da Sociologia é uma realidade infinita e para analisá-la é preciso construir tipos ideais, que não existem de fato, mas que norteiam a referida análise.

Os tipos ideais servem como modelos e a partir deles a citada infinidade pode ser resumida em quatro ações fundamentais, a saber:

1. Ação social racional com relação a fins, na qual a ação é estritamente racional. Toma-se um fim e este é, então, racionalmente buscado. Há a escolha dos melhores meios para se realizar um fim;

2. Ação social racional com relação a valores, na qual não é o fim que orienta a ação, mas o valor, seja este ético, religioso, político ou estético;

3. Ação social afetiva, em que a conduta é movida por sentimentos, tais como orgulho, vingança, loucura, paixão, inveja, medo, etc., e

4. Ação social tradicional, que tem como fonte motivadora os costumes ou hábitos arraigados.

Observamos que as duas últimas são irracionais.

AULA_04 [MAX WEBER]

AMax Weber e o funcionalismo público


  1. Burocracia
  2. O modelo weberiano
  3. A burocracia no Estado Moderno
  4. Sistema eficiente
  5. Dominação legítima



1. Burocracia

Nas últimas décadas, no Brasil e no mundo, o termo burocracia adquiriu fortes conotações negativas. É popularmente usado para indicar a proliferação de normas e regulamentos que tornam ineficientes as organizações administrativas públicas, bem como corporações e empresas privadas. Mas, este conceito, em diferentes períodos históricos, já possuiu outros significados.

O termo "burocracia" surgiu na segunda metade do século XVIII. Inicialmente foi empregado apenas para designar a estrutura administrativa estatal, formada pelos funcionários públicos. Eles eram responsáveis por várias áreas relacionadas aos interesses coletivos da sociedade, como as forças armadas, a polícia e a justiça, entre muitas outras.

No século XX, após a criação da União Soviética, em análises feitas por cientistas sociais, principalmente de tradição marxista, o termo burocracia apareceu como uma crítica à rigidez do aparelho do Estado e aos partidos políticos que sufocavam a democracia de base.

Segundo essa perspectiva o avanço da burocratização, tanto nas estruturas estatais como nas partidárias, traria consequências terríveis para uma futura sociedade socialista, pois, dentro do projeto revolucionário de esquerda, a burocracia era concebida como um obstáculo à participação democrática popular.

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2. O modelo weberiano


Max Weber elaborou um conceito de burocracia baseado em elementos jurídicos do século XIX, concebidos por teóricos do direito. Dentro dessa perspectiva jurídica, o termo era empregado para indicar funções da administração pública, que era guiada por normas, atribuições específicas, esferas de competência bem delimitadas e critérios de seleção de funcionários.

A burocracia, então, podia ser definida da seguinte forma: aparato técnico-administrativo, formado por profissionais especializados, selecionados segundo critérios racionais e que se encarregavam de diversas tarefas importantes dentro do sistema.

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3. A burocracia no Estado Moderno
A análise de Weber também aponta que a burocracia, da maneira como foi definida acima, existiu em todas as formas de Estado, desde o antigo até o moderno. Contudo, foi no contexto do Estado Moderno e da ordem legal que a burocracia atingiu seu mais alto grau de racionalidade.

Segundo Weber, as principais características de um aparato burocrático moderno são:
* Funcionários que ocupam cargos burocráticos são considerados servidores públicos;
* Funcionários são contratados em virtude de competência técnica e qualificações específicas;
* Funcionários cumprem tarefas que são determinadas por normas e regulamentos escritos;
* A remuneração é baseada em salários estipulados em dinheiro;
* Funcionários estão sujeitos a regras hierárquicas e códigos disciplinares que estabelecem as relações de autoridade.

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4. Sistema eficiente

A divisão e distribuição de funções, a seleção de pessoal especializado, os regulamentos e a disciplina hierárquica são fatores que fazem da burocracia moderna o modo mais eficiente de administração, tanto na esfera privada quanto na administração pública.

O leigo, em geral, costuma criticar o aparelho burocrático, devido à sua rigidez administrativa, inadequação das normas e grande quantidade de regulamentos. Estes aspectos produzem resultados contrários aos esperados, como, por exemplo, a lentidão dos processos.

De fato, a crescente racionalidade do sistema burocrático tende a gerar efeitos negativos, que podem diminuir drasticamente a eficiência de uma organização ou sociedade. Em contrapartida, novos modelos de estruturas burocráticas, alternativos ao modelo weberiano, têm sido experimentados.


5. Dominação legítima

Para Weber, a burocracia moderna não é apenas uma forma avançada de organização administrativa, com base no método racional e científico, mas também uma forma de dominação legítima.

Os atributos que regem o funcionamento da burocracia sintetizam as formas de relações sociais das sociedades modernas. Para Weber, a burocracia e a burocratização são processos inexoráveis, ou seja, inevitáveis e crescentes, presentes em qualquer tipo de organização, seja ela de natureza pública ou privada.

A organização burocrática é condição sine qua non ("sem o qual não pode existir") para o desenvolvimento de uma nação, por ser indispensável ao funcionamento do Estado, gestor dos serviços públicos, e de todas as atividades econômicas particulares.

Texto escrito por Renato Cancian - Cientista social, mestre em sociologia-política e doutorando em Ciências Sociais, é autor do livro "Comissão Justiça e Paz de São Paulo: Gênese e Atuação Política -1972-1985" (Edufscar).

Este conteúdo foi publicado no sítio educacao.uol.com.br. Todas as informações nele contido são de responsabilidade do autor.


AULA_04


S O C I O L O G I A  _ A Lei 10.639/2003 nas aulas da prof-elvira


Trabalho desenvolvido nas aulas de Sociologia ministradas pela prof-elvira magalhães no Colégio Tereza Francescutti (participantes: 60 alunos - 2 turmas - do 1º Ano do Ensino Médio)


Objetivo:
Perceber a importância da presença no negro para a formação do povo brasileiro e sua participação no processo de formação do Rio Grande do Sul; Estudar a história da África e dos afro-descendentes e sua presença no RS  e a aplicação efetiva da Lei 10.639/2003 em sala de aula.

Metodologia
> Leitura - silenciosa - exposição de ideias / arguição oral.
> Pesquisa de informações complementares a partir das informações contidas nos textos.
> Leitura de textos selecionados
> Pesquisa complementar - internet, videos, biblioteca.
> Compreensão da LEI 10.639/2003
> RS - NEGRO
> A COR DA CULTURA
> Filmes em sala de aula



AULA02 [TEXTO]

O NEGRO NO RS - E A REVOLUÇÃO FARROUPILHA 
Filme: NETO PERDE SUA ALMA

> Criação de Maquete MAPA*  com localização espacial do fatos e ações relacionadas no texto;
> Jogo de tabuleiro O CAMINHO* com perguntas e respostas de questões elaboradas pelos alunos;
> Filmes sobre a presença do negro no Rio Grande do Sul

AULA: 01 [VIDEO]

 VIOLÊNCIA E EXCLUSÃO SOCIAL

filme ILHA DAS FLORES
filme O LIVRO DE ELI

> Texto Mundo Jovem -
> Leitura Dramática da poesia O BICHO
> As relações sociais através de filmes em sala de aula
> Produção textual - Exposição de idéias -
> Criação de cartazes O MUNDO QUE TEMOS /  QUE O MUNDO QUEREMOS




egrégora21dias conexão

PALAVRA DO DIA  21DIAS DE CONEXÃO